Os 7 Pecados do Rei Davi - 2º Pecado

 


Este é um breve estudo em 2 Samuel 11. Uma reflexão sobre algumas escolhas de Davi e suas consequências, e como podemos evitar que essa trama se repita em nossas vidas.


Voltar para o capítulo 1


“Davi mandou alguém para descobrir quem era a mulher. Disseram-lhe: ‘É Bate-Seba, filha de Eliã e esposa de Urias, o hitita’. Então Davi enviou mensageiros para que a trouxessem (...).” (2 Samuel 11.3-4a NVT).

Davi vê uma linda mulher se banhando, busca informações e manda que tragam a mulher até ele. A essa altura o rei de Israel já havia perdido completamente o bom senso, pois estava cego pela cobiça.


2º PECADO: COBIÇA


A cobiça é o desejo violento de possuir algo. É um desejo que leva seus protagonistas a praticarem as piores loucuras, se necessário, para ter o que querem.

Davi ficou ocioso em seu palácio e agora está desejando a mulher de outro homem, quebrando assim o décimo mandamento do decálogo, onde é dito que não devemos cobiçar, dentre outras coisas, a mulher do próximo (Dt 20.17).

Cobiça e tentação possuem certa relação. Ambas têm por base o desejo. Porém possuem características distintas. Tentação, como já explicado, é o convite da natureza humana caída para a pessoa pecar. A cobiça, por sua vez, é a evidência da aceitação interna deste convite por parte da pessoa tentada. 

É a transição entre a tentação e o pecado exteriormente consumado. É um "pecado virtual", por assim dizer. É quando o indivíduo ainda não cometeu a transgressão, mas em seu íntimo já decidiu praticá-la. 

Os versos 3 e 4 da passagem que estamos analisando mostram explicitamente a decisão de Davi em consumar a transgressão desejada:

“Davi mandou alguém para descobrir quem era a mulher (...). Então Davi enviou mensageiros para que a trouxessem (...).” (2 Samuel 11.3-4a).


Quase sempre a cobiça é um caminho sem volta, pois com ela o indivíduo geralmente esquece das terríveis consequências que seus atos lhe trarão. Cria-se uma visão fantasiosa, uma ilusão, a respeito do desejo nocivo que quer praticar (Pv 5.3-5).


"E eu sei que em mim, isto é, em minha natureza humana, não há nada de bom, pois quero fazer o que é certo, mas não consigo. Quero fazer o bem, mas não o faço. Não quero fazer o que é errado, mas, ainda assim, o faço." (Romanos 7.18-19).


Para evitar a cobiça, precisamos evitar, em primeiro lugar, a tentação. E para evitá-la, Jesus indica um tratamento espiritual através de, pelo menos, dois remédios: “Vigiem e orem para que não sejam tentados.” (Mt 26.41a).


Vigiar e orar são os meios pelos quais recebemos graça da parte de Deus para não sermos tentados. Isso não significa uma vida 100% isenta de tentações, mas muitas delas podem ser evitadas se esse conselho do nosso Mestre for seguido.


“E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.” (Mt 6.13).


Não descuide da oração e da vigilância


“Nunca deixem de orar (...) mas ponham à prova tudo o que é dito e fiquem com o que é bom. Mantenham-se afastados de toda forma de mal .” (2Ts 5.17,21-22).


Mas se falharem na vigilância e na oração, e caírem em tentação, ainda assim há esperança: vença a tentação para evitar cair em cobiça e, por consequência, se enredar em outros pecados.


“As tentações em sua vida não são diferentes daquelas que outros enfrentaram. Deus é fiel, e ele não permitirá tentações maiores do que vocês podem suportar. Quando forem tentados, ele mostrará uma saída para que consigam resistir” (1Co 10.13).


Ir para o capítulo 3







Postar um comentário (0)
Postagem Anterior Próxima Postagem