Este é um breve estudo em 2 Samuel 11. Uma reflexão sobre algumas escolhas de Davi e suas consequências, e como podemos evitar que essa trama se repita em nossas vidas.
“Então Davi enviou mensageiros para que a trouxessem, e teve relações com ela (...). E ela voltou para casa.” (2Sm 11.4 NVT).
Davi não foi capaz de resistir à tentação, o que o levou à cobiça. Esta o dominou e o levou ao adultério.
3º PECADO: ADULTÉRIO
Adultério, ou infidelidade conjugal, é como chamamos o relacionamento de uma pessoa comprometida com alguém que não seja o seu cônjuge.
Mas numa análise mais estrita da palavra, adultério é o resultado de algo adulterado, falsificado, corrompido, negativamente modificado.
Que situação desastrosa a de Davi. Alguém que, em seu contexto cultural, poderia se casar com quantas mulheres quisesse "de forma legal" (2Sm 12.8), decidiu se apropriar da mulher de um soldado leal de seu exército, consumando assim um terrível ato de desprezo por Deus (2 Sm 12.9).
Infidelidade conjugal é um pecado terrível. As consequências são desastrosas e ressoam para o resto da vida.
Menos doloroso é quando há perdão da parte ofendida. Mas quando isso não ocorre, o que resta são corações partidos e dilacerados, tristeza e dor, onde não se pode voltar atrás e reparar o erro.
O adultério leva à morte
De acordo com Provérbios, este pecado é um atalho para a morte (Pv 5.3-6; 7.24-27; 16.25). Talvez não morram pessoas (embora em muitos casos isso ocorra), mas morrem sonhos, projetos, alianças, alegrias, confiança e muitas outras coisas boas.
Nem precisaria citar o terrível peso na consciência de quem comete o ato (Pv 5.3-4). Consequências físicas, espirituais e psicológicas devastadoras surgem daí.
Problemas psicológicos surgem pela razão de a mente não suportar tanta pressão por culpa e energia gasta para esconder o erro. Complicações na esfera espiritual ocorrem porque geralmente ocorre um significante afastamento das coisas de Deus em situações assim.
E no desenrolar do processo, o corpo também tende a ser afetado, apresentando enfermidades psicossomáticas, isto é, aquelas originadas de experiências emocionais negativas e/ou traumáticas (Pv 5.11-14).
Perdas irreparáveis
O ofensor (se tiver um coração com um mínimo de sensibilidade) pensa na família ou união conjugal que destruiu (sua própria ou da outra pessoa com quem se envolveu), o que faz pesar mais ainda sua consciência. Há casos em que não há perdão do ofendido. Há casos em que o ofendido declara ter perdoado, mas vive relembrando e ressentindo as mágoas e angústias da infame experiência.
Nós sempre devemos perdoar (Mt 18.21-22). Ainda assim, traição é um ato tão cruel que, de acordo com Jesus, não deveria sequer ser imaginada (Mt 5.28), quanto mais tramada e consumada. Há casos em que os vitimados procuram vingança (Pv 6.34-35).
Todas essas consequências citadas e muitas outras sobre as quais não temos tempo para detalhar, testemunham exaustivamente que o adultério é um abismo profundo, repleto de escuridão e dores inimagináveis (Pv 22.14; 23.27).
Conclusão
Em suma, traição conjugal é uma injustiça muito grande. É um ato insano. Por isso suas consequências são equivalentes. Certo provérbio diz: “Pode um homem carregar fogo junto ao peito sem que a roupa se queime?” (Pv 6.27).
O livro de Provérbios afirma que a pessoa que comete adultério “destrói a si mesmo” (Pv 6.32). Para nos guardarmos desse mal, o melhor remédio é seguir os conselhos de Provérbios 5 e pedir a Deus que firme os nossos passos em Seu amor.